Os policiais militares dom Acre iniciaram na manhã desta quarta-feira (04) a Operação Cumprindo a Lei. O objetivo é cobrar o governo do Estado os direitos previstos em lei para categoria e protestar pela falta de fardamento, coletes e viaturas em condições para realizar o patrulhamento. A partir de hoje, os militares vão aos quarteis à paisana, já que de acordo com Joelson Dias, presidente da Associação dos Militares do Acre, a corporação na recebe fardamento que deveria ser fornecido pela administração estadual.
O movimento conta com o apoio dos oficiais que estariam descontentes com a postura do governador Sebastião Viana, do PT, em não conceder a concretização de promessas políticas dos últimos anos. “O movimento tem como objetivo cobrar do governo do Estado o direito previsto na legislação. O primeiro passo será com os policiais indo para o quartel à paisana. Há cinco anos o governo não fornece fardamento. Se o policial estiver com o colete vencido e a viatura não oferecer condições, o policial ficará aquartelado”, destaca Joelson Dias.
O dirigente da AME destaca que essa decisão faz com que o policial militar não corra o risco maior do que ele já corre na rotina diária pela natureza da função. “Se o policial vai para uma operação e o colete esteja vencido coloca ele num risco muito maior que o proporcionado pelo dia a dia. Uma bala quando pega num colete vencido, ela ultrapassa, ou seja, o colete dá um falsa sensação de segurança para o policial”, destaca Joelson Dias, ao informar que grande parte das viaturas da corporação não oferecem condições para patrulhamento.
O militar destaca ainda que “foi publicado ontem no Diário Oficial, o início de um pregão para comprar fardamento para Polícia Civil. É o terceiro pregão dos últimos seis meses sobre fardamento, e a PM há cinco anos não sabe o que é isso, ou seja, é uma verdadeira inversão de valores. O Emylson está favorecendo a instituição dele, em detrimento da PM que tem como função fazer o policiamento preventivo fardado, já a Civil faz investigações. Veste farda apenas quando é para aparecer, tirar fotinha, o secretário aparece com o pessoal fardado”, diz Joelson.
Oficiais aderem ao movimento
“Os oficiais estão com a gente. Eles aderiram ao movimento e estão incentivando os policiais, mas tudo dentro do cumprimento da lei, é importante que se frise isso, não é nenhum processo de insubordinação ou contrariando qualquer tipo de legislação. Aquilo que a gente fazia antes de doar o sangue, tirar dinheiro do bolso para consertar viaturas acabou. Isso é responsabilidade do Estado. Só vamos fazer aquilo que estiver a nosso alcance e que for obrigação constitucional. Estamos apenas lutando pelos nossos direitos”, finaliza Joelson Dias.