“O Estado parece que torce para sofrer novos ataques de facções”, diz Associação dos Militares do Acre

“O Estado parece que torce para sofrer novos ataques de facções”, disse o presidente da Associação dos Militares do Acre (AME), Joelson Dias, ao analisar os números do orçamento do estado para 2017 para a Policia Militar, projeto que encontra-se nas comissões da Assembleia Legislativa do Acre.

“A sensibilidade do governador nesse momento de crise na segurança valeu R$ 50 mil, foi quanto aumentou o orçamento da Polícia Militar para 2017”, acrescentou Dias.

A AME se refere aos R$ 7.729.000 previstos para ser repassados à corporação ano que vem. O total é maior que os R$ 7.680.000 gastos este ano. Para Dias, ambos orçamentos jogam por terra quaisquer tipos de perspectivas de melhorias de trabalho para os militares.

“Teremos uma segurança igual ou pior, se tivermos sorte”, comentou o presidente.

Dias voltou a afirmar que os militares trabalham com coletes vencidos e que não existe recursos suficientes para compra de armamentos, munições, fardamento, viaturas que estão em situação precária, reforma dos Quarteis que estão caindo em nossas cabeças e até qualificação da caserna.

“Temos militares pagando do próprio bolso cursos de qualificação fora do estado, a contribuição que a PM oferece é somente de flexibilidade da escala, essa é a situação”, voltou a analisar.

Para o presidente da AME é necessário repasses para o setor de inteligência, como está previsto nas emendas impositivas, mas antes de qualquer patrocínio para segurança as autoridades teriam que dialogar com quem faz ela nas ruas.

“Não existiu diálogo entre o coordenador da bancada federal com a caserna para saber quais são as nossas reais dificuldades, o que enfrentamos e precisamos no dia-dia” concluiu.

O OUTRO LADO:

O Comando da Policia Militar já havia se manifestado com relação a saúde financeira da instituição, afirmou que todos os fornecedores estão com pagamento em dias, inclusive os postos de combustíveis. Ainda de acordo o coronel Júlio Cesar, “a tropa está satisfeita com o trabalho que estamos realizando”.

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