Nesta quarta-feira, 12, policiais e bombeiros militares do Acre se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para reivindicar a valorização da categoria. O movimento, organizado pela Associação dos Militares do Acre (Ameac) e demais entidades representativas, teve como principais pautas o reajuste salarial e a reestruturação da carreira, demandas consideradas fundamentais para garantir dignidade e reconhecimento aos profissionais da segurança pública.
Com a presença de mais de 300 militares, entre ativos, da reserva e pensionistas, o ato demonstrou a insatisfação da categoria com a falta de avanços em relação à remuneração dos militares estaduais. Durante a manifestação, os representantes da classe se reuniram com o deputado estadual Gene Diniz para reforçar as cobranças já formalizadas ao governo. Em seguida, ocorreu uma reunião com a Comissão de Segurança da Aleac, buscando maior diálogo e encaminhamentos para as reivindicações.
O presidente da AMEAC, subtenente Kalyl Moraes, ressaltou que a mobilização é a continuidade de uma luta que se estende desde 2018, quando foi prometida uma valorização abrangendo militares ativos, inativos e pensionistas.
“Estruturalmente, a PM e o Corpo de Bombeiros tiveram avanços, mas, em relação ao profissional de segurança pública, o militar estadual não teve melhorias salariais. Durante a campanha eleitoral, o governador se comprometeu publicamente, inclusive em programa de TV ao vivo, a valorizar os militares estaduais. Estamos no sétimo ano de mandato e não vimos essas tratativas avançarem de fato. Apresentamos questionamentos aos órgãos do Estado para que fizessem um estudo detalhado, pois os dados reais estão com eles. O que sabemos é que o déficit acumulado em relação à inflação já ultrapassa os 51%”, afirmou Moraes.
Kalyl também destacou que os militares do Acre possuem a menor remuneração entre as forças de segurança estaduais. “Essa valorização é necessária e urgente. No entanto, até o momento, sequer uma contraproposta foi apresentada”, lamentou.
A mobilização reflete a insatisfação generalizada da categoria, que segue aguardando uma resposta concreta por parte do governo estadual. As associações representativas reforçam que continuarão pressionando as autoridades competentes até que as reivindicações dos militares estaduais sejam atendidas.
Como forma de fortalecer ainda mais o movimento e ampliar sua visibilidade, as associações militares pedem o engajamento da tropa na divulgação das reivindicações. Os cards informativos das ações serão disponibilizados para que sejam compartilhados nas redes sociais, garantindo que a voz da categoria ganhe força também nas plataformas de redes sociais.
