O coronel Ulysses Araújo se ajoelhou e de mãos dadas com policiais militares e bombeiros fez uma oração na frente do quartel da Polícia Militar do Acre durante a manifestação, na manhã desta quarta-feira, 07, contra a medida do governo que retira a etapa alimentação das categorias, no valor de R$ 850.
O ato do coronel ocorre dois dias após ele pedir afastamento do cargo de subcomandante da Polícia Militar por não concordar com a retirada do benefício. O oficial também é contra diversas medidas do atual comando.
“Quando eu pedi para sair do subcomando é porque eu estava sendo obrigado, constrangido a defender uma coisa que vai de encontro aos meus princípios, à minha ética, à minha moral.”
“Eu só queria que a gente fizesse uma oração. Eu sei que eu vou ser perseguido, eu sei. Que a gente faça uma oração. Que a gente se una aqui. Que a gente se abrace aqui”, disse Ulysses, que depois citou o Salmo 91 e se ajoelhou orando. O discurso do coronel, quase uma pregação, foi respondido com seguidos aplausos e até alguns gritos de “glória a Deus”.
Ulysses Araújo integrará a Corregedoria da corporação. Sem citar nomes, ele disse que o objetivo é “me queimar”.
“Como alguém pode ser tão covarde e me jogar e me isolar e me dá retaliação, me jogar na Corregedoria pra eu possa me queimar com a tropa. Mas se eu tiver lá é pra defender vocês também. Aí sim vocês vão poder trabalhar tranquilamente porque vai ter uma pessoa lá que vai defender os senhores.”