O grupo de rapazes promissores, de menos de 23 anos e com idade para ser estudantes universitários, desponta como o futuro de uma modalidade que nos últimos anos tenta justamente conquistar o público mais jovem. Verstappen e Leclerc, por exemplo, foram os únicos pilotos fora a dupla titular da Mercedes a terem vencido provas nesta temporada. Tudo isso com apenas 21 anos.
A Fórmula 1 não conta só com eles. O mais novo do grid é o britânico Lando Norris, da McLaren, de apenas 19 anos e cotado para se tornar o “novo Hamilton”. O ano trouxe como uma das surpresas o crescimento do estreante Alex Albon, tailandês de 23 anos promovido recentemente para a Red Bull após bons resultados. Até mesmo o canadense Lance Stroll, de 20 e hoje integrante da Racing Point, afastou a fama de piloto milionário e comprador de vaga na categoria ao conseguir um quarto lugar no GP da Alemanha.
O grid atual tem a média de idade de 26 anos e uma divisão clara entre gerações. De um lado, nomes como Hamilton, o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, e o finlandês Kimi Raikkonen, da Alfa Romeu, passaram dos 30 anos. Do outro, os garotos se mostram cada vez mais prontos para assumir os postos principais.
Quem mais cresceu no ano foi Leclerc. O piloto da Ferrari ganhou as duas últimas provas e tem superado o colega tetracampeão mundial Vettel. “Quando eu cheguei à equipe, não quis parecer arrogante e passar a impressão de que queria mudar tudo. Eu quis esperar meu tempo, me adaptar e mostrar meu potencial”, afirmou o monegasco.
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Os resultados arrebatadores do piloto o colocam como rival futuro de Verstappen. O holandês foi o mais jovem a estrear na categoria, aos 17 anos, e é um fenômeno de público. Arrasta pelos autódromos uma torcida organizada colorida de cor laranja e alimenta a expectativa holandesa para receber no próximo ano um GP após 35 anos. No tempo livre, ele gosta de jogar futebol no videogame.
INVESTIMENTO – Os mais jovens da atual F-1 chegaram cedo à categoria graças a projetos de academias de pilotos. Equipes como Red Bull, Renault, McLaren e Ferrari se dedicam a recrutar talentos e fazê-los evoluir com atividades diárias, como treinos físicos, simuladores e convívio na fábrica.
“Se não tivéssemos arriscado e dado chances aos novatos, eles nunca teriam aparecido e entregado esses resultados”, afirmou o chefe de Red Bull, Christian Horner.
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