Na manhã desta sexta-feira (29) policiais militares e bombeiros se reuniram na frente do Corpo de Bombeiros de Cruzeiro do Sul para uma Assembléia, após o anuncio do Governo do estado de que haverá redução dos salários. A redução será entre R$91 a R$321 e até R$800 da sexta parte, garantido aos servidores que já cumpriram 25 anos de serviços prestados.
“Esse cálculo era feito com base em todos os vencimentos, e agora será somente sobre o soldo, atendendo apenas uma recomendação do Ministério Público. Eu por exemplo, que ganho quase R$3 mil reais de sexta parte, vou ter um prejuízo de quase dois mil reais mensais. Mas todos da segurança pública que tem mais de 25 anos vão sentir essa perda, mas alguns de mais e outros de menos”, relatou o Coronel da reserva Marcelo Araújo.
Com o anúncio da decisão do governo, o Coronel Ricardo Brandão pediu exoneração do cargo de sub-comandante da PM no Acre, por insatisfação das últimas decisões. O Governo não comentou a decisão do Coronel. Em Cruzeiro do Sul, os militares pretendem tomar as decisões votadas em assembléia, e a ideia de ficarem aquartelados não está descartada.
“O movimento será igual Rio Branco. É a tropa quem vai decidir. Se vamos para o quartel e ficar aquartelados, e só sair quando tivermos melhores condições de trabalho. Soubemos hoje que não houve pagamento para o proprietário do posto e o combustível também está suspenso, não sabemos como será o final de semana. Se for preciso ir para a rua com nossos familiares, vamos de forma pacífica e ordeira, sem nenhuma manifestação que cause prejuízo para população. O que não queremos é a retirada dos nossos direitos e também exigimos melhorias nas condições de trabalho”, relatou o representante da Associação dos policiais militares do Acre em Cruzeiro do Sul, Ismael Lima.