A Associação dos Militares do Estado do Acre – AME/ACRE vem a púbico manifestar-se em desagravo ao exposto na matéria https://ac24horas.com/2023/07/13/qual-mae-ira-chorar-pelo-seu-filho-hoje/ , publicado na data desta quarta-feira(13/07/23), onde aplica-se “culpabilidade” à Polícia Militar pelas mazelas sofridas pela sociedade acreana, especificamente das últimas ações de violência que estamparam as matérias policiais da última quarta-feira, onde houveram 03 (três) homicídios e 02 (duas) tentativas de homicídios, sendo que destes homicídios, 02 (dois) vitimaram menores de idade.
É sabido por todos – ou pelo menos, espera-se ser sabido – o que preconiza a Constituição Federal, de 1988, quando esta, em seu artigo 144, § 5º, que “Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública;” e isso é próprio da Polícia Militar, instituição que é a última barreira entre a sociedade e o caos, que se instala diariamente em nosso Estado. Nossa Instituição é parte da engrenagem da Segurança Pública, cujos órgãos deveriam atuar em conjunto para construírem uma condição melhor para que o cidadão tenha seus direitos garantidos. Não se pode cobrar de nossos militares mais do que já se cobra, uma vez que em nosso ofício já extrapolamos nossas atribuições, pois somos, por vezes, a primeira força a chegar ao local, onde apuramos o acontecido, guardamos o local do crime, atendemos e amparamos às vítimas secundárias – que são aquelas que sofrem com a perda do familiar e/ou de seu bem – e, por muitas vezes, entregamos nas Delegacias o trabalho quase que concluso, pois apresentamos a materialidade, o agente infrator e as armas utilizadas. E tudo isso é ignorado quando o restante da “engrenagem” não funciona, pois a legislação é falha, o sistema é falho, o ser humano é falho.
Há que se reconhecer que muitas das ações atribuídas na referida matéria são equivocadas e viciadas de achismo, uma vez que mais coerente e ético seria procurar os órgãos responsáveis – SEJUSP, Comando da Polícia Militar, Direção da Polícia Civil, integrantes do Ministério Público e outros atores – para saber como funciona a dinâmica do combate ao crime, onde a permanência das viaturas nos postos de combustíveis apresenta uma razão de ser, onde o PB nas rotatórias e vias de acesso nos bairros periféricos possuem, também, sua razão de ser. Porém é mais fácil simplesmente criticar aos policiais militares e direcionar a culpa para estes, pois estão ocupados demais realizando o patrulhamento ostensivo e preventivo nos 22 municípios do Estado e resguardando a segurança de seus cidadão, inclusive deste que, anonimamente, assina a referida matéria como “Da Redação do ac24horas”.
