Desmonte da PMAC segue em ritmo acelerado: 10 aposentadorias em apenas um dia

Sem a reposição de pessoal, a expectativa dos especialistas em segurança é de falência total no sistema de repressão ao crime

A difícil situação vivenciada pela Polícia Militar do Estado do Acre, com falta de viaturas e equipamento, agrava-se a cada dia e tende a ficar pior com o encolhimento da corporação. Somente nesta quarta-feira (14) dez oficiais, suboficiais e sargentos combatentes da corporação foram reformados do serviço ativo. Os decretos estão publicados no Diário Oficial do Estado (DOE).

Dos 10 nomes publicados, somente um foi encaminhado para a reforma por problemas de saúde, sendo os outros nove aposentados por terem obtido o tempo mínimo de serviço para a carreira de PM, ou seja, 30 anos de contribuição.

Com a crise econômica que se abateu sobre o país e os seus reflexos no Estado, quando o orçamento de 2017 será igual ao de 2016, é pouco provável que haja a reposição dos policiais, reduzindo ainda mais um efetivo já incapaz de oferecer a resposta necessária para a onda de violência a atingir o Acre como um todo.

O presidente da Associação dos Militares do Estado do Acre, sargento Joelson Dias, confirmou em entrevista recente que nos próximos seis anos cerca de 25% dos policiais na ativa na PMAC devem se aposentar.

Sem a reposição de pessoal, a expectativa dos especialistas em segurança é de falência total no sistema de repressão ao crime. Para estes, hoje a PMAC tem apenas 66% do efetivo necessário para bem atender a comunidade e coibir a violência. Com as baixas previstas para o próximo ano, a corporação pode entrar em colapso frente ao avanço do crime organizado.

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