A Comissão de Segurança da Aleac definiu pela convocação de dois representantes da PGE, juntamente com os quatro representantes dos PMs e os membros da comissão, buscarem uma saída
A reunião entre os deputados estaduais e os representantes dos policiais aposentados não chegou a uma solução, mas os membros da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) garantiram uma reunião com membros da Procuradoria Geral do Estado para a manhã de quinta-feira (8).
Os argumentos levantados pelos PMs é de que a medida do governo do Estado em retirar o pagamento da “etapa alimentação” não poderia acontecer por decreto e sim estar definida em Lei específica, inclusive para os aposentados, que incorporam os valores ao salário no momento da aposentadoria.
Uma proposta apresentada pelo deputado Raimundinho da Saúde poderia contornar o problema. O parlamentar disse que o governo pode continuar pagando na forma de abono até a crise ser solucionada, pois para isso basta apenas um decreto do Executivo e até a questão ser pacificada. A proposta foi bem aceita pelos PMs.
A Comissão de Segurança da Aleac definiu pela convocação de dois representantes da Procuradoria Geral do Estado para, juntamente com os quatro representantes dos PMs e os membros da comissão, buscarem uma saída. A reunião foi marcada para às 11h de quinta-feira.
Presidente da Associação dos Militares do Estado do Acre, sargento Joelson Dias – Foto: Régis Paiva
Líder PM reclama da retirada de direitos
O presidente da Associação dos Militares do Estado do Acre, sargento Joelson Dias, confirmou que nos próximos seis anos cerca de 25% dos policiais na ativa na PMAC devem se aposentar. Esses policiais, tão logo passam para a reserva remunerada, perdem a etapa alimentação e têm os salários reduzidos em um momento em que mais necessitam.
“Os policiais aposentados estão em um momento difícil da vida, doentes e precisando de ajuda. E nós não pedimos nada além do que já existe e está no orçamento. A nossa proposta é para unificar todas as gratificações em um soldo único e sem perdas”, comentou Joelson.
O policial revelou que a categoria ainda está tentando negociar politicamente para o governador revogar: “Temos uma Assembleia Geral [AG] marcada para quarta-feira [14] e até lá esperamos uma resposta positiva. Se não tiver uma posição, ficaremos à mercê do que a AG decidir”.
Apesar do presidente não admitir e deixar a decisão para a AG, os PMs presentes na Aleac ameaçavam paralisar as atividades já na semana que vem, com interrupção no patrulhamento ostensivo e manifestações por toda a cidade.