É constrangedor e ultrajante que seja decidido em home Office à suspensão da imunização daqueles que estão, diuturnamente, nas Ruas trabalhando na vanguarda do combate à Pandemia da COVID 19.
Os militares estaduais acreanos tiveram 25 mortes pela COVID 19, dentre dos quais 08 são militares no serviço ativo, todos estes últimos contaminados em decorrência do exercício da função policial.
Além disto, tem-se que oficialmente, quase 40% das Corporações foram infectadas pelo vírus, inclusive alguns com reinfecção por mais de duas vezes, fora as subnotificações que são expressivas.
A imunização destes profissionais é questão de ordem social no que tange à vulnerabilidade de uma classe que combate na linha de frente à pandemia que assola a sociedade acreana, por isso se tratando de uma categoria extremamente exposta à doença, razão pela qual busca o tratamento igualitário ou paradigma aos profissionais da área de saúde, já que não podem como os que propuseram a nefasta ação civil pública, bem como a autoridade julgadora que acatou a ação de suspensão da imunização das Forças de Segurança, exercerem seu ofício no conforto e proteção da sua residência, ante a essencialidade de seus serviços, e indisponibilidade de exercê-lo em home Office.
Ademais, resta patente que acaso em determinada localidade todos os policiais e bombeiros sejam infectados não haverá quem garanta a ordem pública naquele local, inclusive nos pontos de imunização da COVID.
A Associação dos Militares do Acre, requer assim que nossas autoridades ponderem as circunstancias, afinal em poucas horas sem que os policiais e bombeiros estejam nas ruas haverá verdadeiro caos, sobretudo, porque já vivemos o protocolo da COVID o qual prever como medida o isolamento social do infectado em uma circunstância em que já temos efetivo defasado em 70% para o Corpo de Bombeiros e mais de 50% para a Policia Militar.
Comunicamos ainda que através de nossa Assessoria Jurídica iremos propor e buscar todos os meios jurídicos disponíveis, a fim de combater essa decisão absurda, infundada e draconiana a qual gerará danos irreparáveis a vidas humanas de militares os quais atuam, repisa-se, na linha de frente no enfrentamento á pandemia e trará assim substancial dano a sociedade acreana.