Nota de Resposta

Em resposta ao que está sendo veiculado em matéria do Jornal do Acre – 1ª edição, cujo teor trata da fuga de 26 presos do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde, no dia 20 deste mês, a Associação dos Militares do Estado do Acre – AME/AC, vem a público repudiar e esclarecer a fala do presidente da Associação da Polícia Penal – ASPEN, Sr. Éden Azevedo, publicada no endereço eletrônico: https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2020/01/30/video-mostra-momento-exato-em-que-26-presos-escalam-muro-e-fogem-do-maior-presidio-do-acre.ghtml onde o mesmo imputa responsabilidade “única e exclusiva” ao Policial Militar, que estava de serviço na muralha no momento do ocorrido.
Causa-nos estranheza o relato do supracitado senhor e a forma que fora divulgada, ao afirmar que “Posso admitir que quem deveria estar na muralha, não estava e não viu aquela fuga”, deixa a entender ao leitor que não conhece o funcionamento da guarda Prisional efetuada no Complexo Penitenciário, que o único culpado do acontecimento é o policial militar que estava ou deveria estar na muralha, como ele mesmo coloca de forma jocosa.
É claro que não cabe aqui de forma precoce apontar culpados ou inocentes, independentes da instituição que este faça parte, mas vale lembrar que a Polícia Militar e o Instituto de Administração Penitenciária a tempos dividem a responsabilidade pela custódia dos presos. Cabendo a Policia Militar apenas a guarda externa, e para se alcançar o muro de divisa, os presos romperam outras barreiras, que não foram rompidas em segundos, minutos ou horas, que ainda andaram vários metros até chegar a muralha, sem que fossem adotados os procedimentos necessários.
Não cabe as Associações acharem culpados, mas cabe passar as informações com coerência e responsabilidade, a Polícia militar e as Associações Militares defendem a rigorosa investigação do fato para que se cheguem, se houver, os culpados, por ação ou omissão, para que a justiça seja feita.
Vale relembrar ainda que por muitos anos a Policia Militar respondeu sozinha pela guarda da Unidade, e sempre realizou seu trabalho de forma competente e responsável, inclusive, fazendo cessar várias outras tentativas de fugas e, até mesmo, rebeliões ocorridas naquela Unidade.
Concluímos afirmando que somos totalmente favoráveis a procedimento investigativo para apuração das responsabilidades e, em momento nenhum, a Polícia Militar ou seus representantes fizeram uso da imprensa ou mídias sociais para “atribuir” culpa neste fato, algo que, oportunamente está sendo feito pela ASPEN.
Nossa Instituição continua mantendo o foco no tocante ao combate à criminalidade, mesmo diante de todas as circunstâncias adversas que têm enfrentado. E isso engloba também o serviço exercido pela Companhia Independente de Guarda Penitenciária – CIPG.

Kalyl Moraes
Presidente da AME-AC

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